Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto - SP
Começamos novo Ano Litúrgico e um novo
ciclo da liturgia, com o Advento, tempo de preparação para o nascimento
de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a
advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não ser
surpreendido.
A chegada do Natal, preparado pelo ciclo
do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no
passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em
Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam
na Palavra de Deus.
Estamos em tempo de educação de nossa
fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a
ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada
conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida,
transformando-a de seu jeito.
Neste caminho de mudanças, Deus nos deu
diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos
pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela
fidelidade a Deus e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando
também o seu irmão.
O Advento é convocação para a
vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando
não esperamos. Por isto é muito importante estar diuturnamente acordado e
preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo
totalmente afastado de Deus.
Outro fato é não desanimar diante dos
tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos
numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem
ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é
“servo vigilante”.
Confiar significa ter a sensação de não
estar abandonado por Deus. Com isto, no Advento vamos sendo moldados
para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca
a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
Preparar-se para o Natal já é ter a
sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas
atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação
divina em todo o mundo.
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