sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO


Nesta sexta-feira, 28, o Brasil lembra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, data que teve início em 2004, após o assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, quando apuravam denúncia de trabalho escravo na zona rural de Unaí, Minas Gerais. No Brasil este atentado contra a dignidade humana ainda vitima milhares de pessoas.
Segundo levantamentos do Observatório Social, nos últimos quinze anos foram libertadas mais de 38 mil pessoas em diferentes regiões do Brasil. Estima-se que mais de 25 mil entram no ciclo do trabalho escravo a cada ano. A entidade aponta os fatores que levam à continuidade do trabalho escravo no país. “Três fatores contribuem diretamente para que esta triste realidade ainda perdure: ganância, miséria, impunidade”.
O assessor da Pastoral Afrobrasileira da CNBB, padre Ari Antônio dos Reis, destaca que a Igreja ainda há muitos desafios para superar as feridas do trabalho escravo. “Persistem alguns desafios para a Igreja e a sociedade voltados na perspectiva de enfrentamento e superação desta realidade. Destacam-se a fiscalização eficiente, a mobilização social contra esta prática, a reforma agrária, superação da miséria e o fim da impunidade”, apontou.
O dia 28 também assinala o início da Semana de Combate ao Trabalho Escravo. Em diferentes localidades acontecerão eventos voltados ao debate sobre esta realidade. Uma das demandas que os grupos julgam necessária é a aprovação PEC 438 que prevê o confisco e a destinação das propriedades flagradas com mão de obra escrava para a Reforma Agrária.
Piauí
Entidades representativas do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo que defendem ações de fortalecimento na erradicação do trabalho escravo no Piauí realizam manifestações no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
Entre as atividades desta sexta-feira, o Fórum programa Carta-Manifesto será entregue às autoridades do estado e à imprensa local; haverá ainda audiência pública com o Governo para conhecimento das propostas do Piauí na superação do trabalho escravo; manifestações artísticas; exposição fotográfica dos movimentos sociais e das fiscalizações do trabalho; panfletagem. As atividades acontecem no Canteiro Central da Avenida Frei Serafim, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE/PI, no horário de 08 às 11h.
Segundo o Fórum, o protesto é mais do que necessário para alertar as autoridades e população do estado que ainda tem muito que indignar-se neste dia, tendo em vista que o Piauí, um dos mais aliciados do Nordeste, encabeça anualmente, a Lista Suja Nacional de Empregadores, que o coloca na situação não tão somente de aliciamento, mas também de prática de mão de obra escrava crescente.

Um comentário:

  1. Boa tarde,
    quero aproveitar esse dia 8 de março dia internacional da mulher para fazer um denuncio de trabalho escravo em uma empresa aqui na cidade de Lagarto interior de sergipe,. A empresa em questão é " panificação cantina da serra " fica localizada na rua manoel de paula , 328 um dos predios pois já que está pronto outro predio ao lado, bom as funcionários dessa panificação chegam as 6:h da manhã e saem as 20:h da noite, um absurdo para os dias de hoje, e ouço as funcionárias falando que não recebem horas extras e nem folgas por sairem ão tarde. Já liguei para a delegacia do trabalho daqui mas ninguem vai ao local ajudar essas funcionárias que há 4 anos sofrem com esse trabalho escravo. peço a ouvidoria que mande urgente um fiscal para regularizar o horario dessas funcionárias pois já delas que chega a passar mal de tanto esforço fisico.

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