terça-feira, 31 de agosto de 2010

AS VOCAÇÕES NA FAMÍLIA SALESIANA


Nas Constituições da Sociedade de São Francisco de Sales, o artigo 5 é desafiante para nós, salesianos de Dom Bosco (SDB): “De Dom Bosco origina-se vasto movimento de pessoas que, de várias maneiras, trabalham para a salvação da juventude. [...] Por vontade do Fundador, TEMOS NELA PARTICULARES RESPONSABILIDADES: manter a unidade do espírito e estimular o diálogo e a colaboração fraterna PARA MÚTUO ENRIQUECIMENTO E MAIOR FECUNDIDADE APOSTÓLICA”.
A doutrina do Concílio Vaticano II sobre a vocação global de todos os batizados esclarece que o convite que cada um recebe do Espírito Santo é para realizá-la pessoalmente, e cada um a seu modo. “Na Igreja, todos são chamados à santidade... É claro, pois, que todos os fiéis, de qualquer condição ou grau, são chamados à plenitude da vida cristã.”[1] A santidade consiste no amor, no seguimento de Cristo. A santidade e o amor realizam-se no cumprimento de uma missão. “A vocação cristã é, por sua natureza, também vocação para o apostolado.”[2] A vocação de cada um é histórico-concreta, assumir essa vocação global de modo concreto e pessoal, no aqui e agora da Igreja e do mundo.
Podemos santificar-nos, amar, servir em diversas formas de vida: vida religiosa, vida laico-celibatária, vida laico-conjugal e familiar, e por meios de diversos encargos e responsabilidades: o sacerdócio hierárquico, a vida familiar, profissional, social, política e diversos trabalhos que concernem às necessidades maiores da própria missão.
A Igreja está “intimamente solidária com o gênero humano e sua história”[3], o Espírito de Deus não cessa de suscitar pessoas e movimentos de ação correspondentes às novas necessidades. O plano de Deus no projeto do nosso Fundador é para responder às expectativas da juventude e das classes populares do seu tempo. Dom Bosco fundou os Salesianos, as Filhas de Maria Auxiliadora, os Cooperadores e a Associação de Maria Auxiliadora. Muitas outras forças apostólicas, com vocações específicas diversas, vivem do mesmo espírito e em comunhão entre si, continuam sua obra de educação e salvação. Continua, ainda hoje, uma verdadeira escola de santidade. “De Dom Bosco fundador, os sucessivos fundadores de novos grupos haurem inspiração e orientação, espiritualidade e metodologia pastoral.”[4]
São 28 grupos que constituem hoje a Família Salesiana (FS). Ela é suscitada pelo Espírito Santo para o bem de todos e para cumprir a missão a ela confiada. “A Família Salesiana é um conjunto de batizados e consagrados que, com a originalidade do próprio dom, colocam-se a serviço da missão da Igreja. Vivendo no coração da Igreja, a FS evidencia, na harmonia dos diferentes dons, a importância da missão, que dá tom e concretude a todo o patrimônio espiritual do Santo Fundador.”[5]
Nas inspetorias São João Bosco (SDB), Madre Mazzarello e Nossa Senhora da Penha (estas duas das filhas de Maria Auxiliadora - FMA), temos oito grupos diversos, “Instituídos e reconhecidos, partilham um verdadeiro parentesco espiritual e consanguinidade apostólica”: voluntários com Dom Bosco e voluntárias de Dom Bosco (leigos consagrados), salesianos cooperadores (leigos com promessa), FMA (duas inspetorias), Associação de Maria Auxiliadora, associações dos Ex-alunos de Dom Bosco e das FMA, Canção Nova, Associação das Damas Salesianas (ADS) (leigas com promessa) e os salesianos de Dom Bosco (SDB).
Muito bem se tem feito. Existem riquezas de cada grupo que beneficiam a todos, na doação de si e nos serviços comprometidos com as juventudes empobrecidas, na missão juvenil e popular.
Convidamos a todos os SDB e aos demais grupos da FS para conhecer e apreciar cada grupo presente em nossas Inspetorias. Cresçamos mais em nossas relações de família, acolhamos em nossas comunidades e, ou, grupos quem nos procura e rezemos sempre por todos os grupos e para que aumente todas as vocações. Que bom que, na Família Salesiana, há vocações para quem deseja participar dela, e que estejamos sempre “unidos num só coração, para fazermos dez vezes mais”.


Pe. Jurandyr Azevedo Araujo
Delegado do SSAF (Sistema Salesiano de Animação da Família Salesiana)



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

UMA VOCACIONADA CHAMADA MARIA


Quando se ama de verdade, quando se tem fé infinita, quando se confia plenamente em alguém, quando se vive a ausência do egoísmo em seu ser, significa que se tem algo mais fascinante e valoroso a impulsionar o coração humano em saborear com mais alegria sua existência neste mundo. É algo que toca e contempla profundamente o ser, num ato total de abandono em Deus.
De tais atitudes se tem uma conseqüência: entregar a vida em prol da felicidade, da paz e da justiça para todos. Em Maria fez tudo isto e muito mais, pois teu testemunho de vida avança pelos horizontes dos corações de todos os homens e mulheres, sendo um exemplo vivo e fraternal da presença misericordiosa de Deus.
Maria, ao dizer sim, carinhosamente colocou-se disponível ao plano de Deus, acolhendo este chamado e louvando a Deus pela escolha, sempre em espírito de humildade, gratidão e fé. Maria, disse um sim decidido e confiante, ciente do compromisso para com o Senhor e do seu plano de redenção. Creio que a vocacionada chamada Maria, Senhora nossa e de todas as vocações, sugere que sejamos neste mundo, imitadores de seu gesto, estando livres para servir e conscientes de nossa importância na vida do outro. Hoje ela nos diz que cada um é importante: seja para sua família e amigos, seja para a comunidade e nos trabalhos pastorais que nela desenvolve. Assim, é preciso acreditar, com aquela certeza inabalável de Maria, tanto na Providência Divina, quanto na possibilidade real da felicidade em cada coração humano, apesar dos obstáculos que por ventura devamos transpor. Também devemos acreditar em nós mesmos e nos dons que Deus ofertou ao nosso viver, como fielmente o fez esta humilde serva do Senhor, mãe dos apóstolos e Rainha da paz.
Através de Maria nos foi concedido Aquele que nos libertou do pecado, da escuridão e da falta de esperança. Assim, em espírito de oração, esperança e reconhecimento, ousamos dizer: Maria, mãe do silêncio e senhora de si mesma, viemos a ti, face a face, para que sejamos revestidos da graça infinita de nosso Deus e possamos ser em nosso caminhar um reflexo de sua generosidade, assumindo com coragem e dedicação a missão que teu filho Jesus nos confia nesta vida, certos de que jamais caminharemos sozinhos, tendo sempre a tua proteção. Obrigado mãe, de teu sim a Deus aprendemos que podemos servir em prol da vida, da justiça e do amor, para a glória de teu filho Jesus. Maria, fortaleza inabalável de nossos passos, mãe das vocações e do ressuscitado, rogai por nós! Teu servo no Senhor,


Eudes Lemos

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CATEQUISTAS A SERVIÇO DA PALAVRA


VOCAÇÃO DE SER CATEQUISTA

“Deus é tão bom que sempre nos dá uma nova oportunidade”. Ouvi esta frase outro dia quando ia ao Instituto onde faço o curso de Teologia. Durante o percurso fui refletindo sobre o chamado que Deus faz a cada um de nós, sobre a nova oportunidade que Ele nos dá a cada dia. De fato, Deus não dá segunda chance, Ele dá uma nova chance. Quando alguém dá uma segunda chance a outra pessoa, pode ser que não dê uma terceira, e aquela seja a última oportunidade que o outro tem de acertar. Com Deus a coisa é diferente, Ele não se cansa de dá uma nova oportunidade, porque o seu amor é ilimitado. Eis, portanto, a missão do catequista: anunciar com palavras e, sobretudo, ações, o amor infinito de Deus.
De fato, é esse amor que nos impulsiona na missão a nós foi confiada. O catequista, portanto, deve ser um especialista no amor, porque é alguém que teve um encontro pessoal com Jesus Cristo e é comprometido com o seu projeto de construção e edificação do Reino.
O catequista é chamado a ser testemunha de Jesus Cristo. Testemunhar não significa discursar sobre, mas viver intensamente o Evangelho configurando-se Àquele que primeiro nos amou e nos escolheu: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15, 16). Não se pode anunciar aquilo que ainda não se experimentou. O catequista precisa ter essa consciência de que a missão não é mérito seu, mas lhe foi confiada. Não se trata de realização pessoal, mas algo muito maior, ou seja, o catequista é um eleito de Deus para exercer esta vocação específica no seio da Igreja. Vocação esta que não pode ser vivida fora do contexto do amor.
Infelizmente existem muitos catequistas que estão sempre reclamando de tudo e de todos, principalmente de seus próprios catequizandos, “ninguém quer saber de nada...”. Vivem dando ultimatos às crianças e adolescentes: “se vocês não fizerem vocês vão vê...”. Com freqüência ameaçam abandonar a pastoral, “só vou ficar mais este ano, porque já não agüento mais...” e por aí vai. Não são felizes! O catequista não pode ser alguém infeliz.
Na Carta aos Gálatas encontramos o resumo de como deve ser a vida do catequista: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2,20). Os catequizandos precisam enxergar isso nos seus catequistas, através de suas ações e não apenas de suas palavras. O catequista precisa deixar-se seduzir a cada dia por Deus e envolver-se por seu amor infinito, ao ponto de já não viver por si mesmo, mas por Cristo.
Desta forma, encarnando o Evangelho em sua vida, o catequista conseguirá atrair os seus catequizandos para Cristo, numa adesão incondicional ao projeto de Jesus. E sua alegria será infinita, porque sabe que apesar das suas limitações Deus continua agindo no mundo por meio dele, oferecendo sempre uma nova oportunidade à humanidade.

 Jairo Coelho
fonte:www.catequisar.com.br

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CULTURA VOCACIONAL


PROMOVER UMA CULTURA VOCACIONAL:

AJUDAR OS JOVENS A CONSTRUIR O PRÓPRIO PROJETO

DE VIDA É A META PRINCIPAL DE TODA AÇÃO SALESIANA






Pe. Adessandro José Guimarães, SDB

Na atual conjuntura, tudo acontece muito rápido. Vivemos num frenesi assustador. Não conseguimos parar um instante para pensar nem para curtir a vida. O vaivém constante, a correria, o barulho ensurdecedor das grandes cidades, a rápida conexão com o mundo, a violência, o desemprego, somados à publicidade massacrante e ao bombardeio de informações, transformam profundamente o nosso mundo.
Vivemos em realidades cada dia mais diversificadas. Conhecemos pessoas cada vez mais complexas. Em contrapartida, sempre mais, vão surgindo novas oportunidades. Vai se tornando mais clara a grandeza do ser humano, capaz de criar, de transformar e de destruir o que foi criado.
A parcela mais atingida por tantas mudanças são os jovens. Ricos de valores e de dons, são “bodes expiatórios” da contemporaneidade. São vulneráveis, pois são curiosos. Têm sede de saber e um forte desejo de conquistar novos espaços. São desbravadores do mundo. São construtores do futuro.
É comum a expressão “os jovens são o nosso futuro”. Sempre a ouvimos e repetimos. Porém nem sempre temos consciência da seriedade dessa afirmação. Olhamos para os jovens como a solução para o nosso mundo. Nós os percebemos como os nossos sucessores na “gestão” desse planeta complicado. No entanto, eles já estão aí. Vivem esperançosos, cheios de expectativas e de novas ideias. São portadores de grande energia e de muita vontade de viver. São alegres e transformam o ambiente onde estão.
É necessário, porém, cuidar desses jovens. Muitas dúvidas pairam nos seus corações. Inúmeras possibilidades são avistadas. Vários caminhos lhes são apresentados. É grande o desafio de ajudá-los a perceber os dons com os quais foram agraciados por Deus e a tomar rumos que, de fato, respondam ao chamado de Deus. Fazê-los compreender a vida como vocação e assumi-la como missão é uma necessidade urgente.
À luz do Capítulo Geral 26 (CG 26), o Sistema Salesiano de Orientação Vocacional (SSOV) quer convocar todas as pessoas envolvidas na missão salesiana a criar uma cultura vocacional no ambiente em que se encontram.
A necessidade de convocar, aspecto importante trabalhado no CG 26, é muito mais do que fazer propaganda vocacional. Vai muito além de distribuir panfletos, de espalhar folders e cartazes sobre Dom Bosco e o seu carisma. É transformar todo o ambiente educativo em lugar vocacional, onde os jovens sintam o desejo de assumir a vida como chamado e de vivê-la como missão. A nossa ação pastoral deve fazê-los querer ser apóstolos entre os próprios companheiros e a assumir algum serviço eclesial e social (cf. CG 26, p. 54). Toda a nossa ação é, portanto, vocacional. Toda ela visa a contribuir para a construção de um projeto de vida.
O CG 26 aponta o testemunho dos salesianos como a principal e mais eficaz proposta vocacional aos jovens. Eles só desejarão ser salesianos se perceberem algo diferente de tudo o que já lhes é oferecido.
Uma espiritualidade consistente e um acompanhamento pessoal sistemático devem ser propostos aos jovens (cf. CG 26, p. 55). Devemos propor momentos criativos de espiritualidade juvenil. Encontros, acampamentos e retiros com temas vocacionais que podem ser organizados nas diversas presenças. Essas mais variadas iniciativas nos ajudarão a criar uma mentalidade vocacional que, por sua vez, influenciará todo o ambiente, tornando possível a chamada cultura vocacional.
Com essa reflexão, o SSOV quer incentivar e ajudar as comunidades a ser ambientes vocacionais e locais onde os jovens encontrem possibilidades de vivenciar uma profunda espiritualidade e de ser acompanhados pessoalmente. Desejamos, portanto, em toda a Inspetoria São João Bosco, promover uma cultura vocacional, fazendo com que o jovem se sinta amado e respeitado, e encontre espaço para um sério e maduro discernimento para, assim, construir o seu projeto de vida.

Pe. Adessandro José Guimarães, SDB
Delegado do Sistema Salesiano de Orientação Vocacional (SSOV)


 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Siamo Salesiani

LABIRINTO DA ORAÇÃO


Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

Parafraseando Octavio Paz (El Laberinto de la Soledad), podemos começar dizendo que rezar é entrar num labirinto complexo e desconhecido. De acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a palavra em seu sentido figurado significa “coisa complicada, confusa, obscura”. Trata-se de um ambiente relativamente estranho e tortuoso, onde se entra com relativa facilidade, mas de onde é difícil sair sem tropeçar em repetidos obstáculos. Os corredores e aparentes saídas frequentemente nos enganam e nos deixam perdidos. Numerosas possibilidades se abrem, mas quase todas se revelam falsas. É preciso, a toda hora, fazer, desfazer e refazer a trajetória. Neste caso, a linha reta é o caminho mais longo entre a entrada e a saída.
1. Num primeiro momento, entramos no labirinto das próprias sensações, percepções e pensamentos. Prevalecem de início os ruídos internos e externos. De um lado, os sons múltiplos da casa, das ruas e da cidade teimam em nos acompanhar. Difícil livrar-se deles. Uma conversa próxima, um grito ou uma buzinada; a televisão, o rádio e outros aparelhos ligados; o ronco dos motores, a algazarra das crianças ou uma discussão acalorada; sirenes da polícia, dos bombeiros ou de ambulâncias; o latido de cães, o toque da campainha e o do telefone; o burburinho indefinido da vizinhança – enfim, uma imensa cacofonia que reveste um cotidiano cada vez mais eletrônico, metálico e ruidoso. Isso sem falar dos “ruídos abstratos”, tais como as injustiças e assimetrias, as desigualdades sociais, as notícias sensacionalistas, a discrepância entre luxo e lixo, a miséria e a fome, as agressões à natureza, as guerras, conflitos e violência, o efeito das drogas e do álcool...
De outro lado, do fundo das entranhas sobem outro tipo de ruídos. Temores e desejos, paixões e impulsos, medos e angústias, dores e esperanças, sonhos e fantasias se mesclam e se confundem. Sentimo-nos dilacerados entre aquilo que aflora imediatamente aos sentidos e a busca de algo mais profundo e indefinido. Divididos entre os apelos aparentes e imediatos e uma sede que brota do íntimo do ser e que não se deixa calar tão facilmente. O fascínio pelo que está ao alcance dos olhos, dos ouvidos e das mãos contrasta com um vazio que parece aprofundar-se à medida que nos enchemos das “coisas supérfluas”.
Semelhantes ruídos – externos e internos – distraem e impedem uma verdadeira concentração. A eles, podemos acrescentar ainda os sentimentos de inveja, ciúme, rancor, vingança, ódio, inferioridade ou superioridade, orgulho ou falsa humildade, etc., os quais, de forma estridente, também brotam como erva daninha no terreno de um coração que nos parece sempre selvagem e desconhecido. Em tal clima ruidoso, torna-se impossível avançar na direção de um encontro íntimo com Deus e conosco mesmos. Permanecemos numa espécie de ante-sala da oração. Perplexos, descentrados, com uma vontade sedutora de retomar as atividades diárias. Nessa ante-sala, vem a sensação de perda de tempo. E vem, com mais força ainda, o ímpeto de voltar a produzir, fazer, consumir, aparentar, mexer-se...
2. Prisioneiros nessa confusão de ruídos multiformes, variados e polifônicos, nos debatemos entre a busca de uma atitude orante, de um lado, e, de outro, a busca de algo para fazer. Pois, como diz a cultura ocidental marcada pelos critérios do capitalismo e da filosofia liberal, “time is money”. Entramos então no segundo momento da oração. Há uma barreira a ser vencida. A impaciência precisa ser domada pela perseverança. Se formos persistentes, passamos a um novo estágio: o labirinto do silêncio.
Neste novo labirinto, duas dimensões se descortinam: o silêncio pessoal e o silêncio de Deus. No silêncio pessoal, não se trata de deixar do lado de fora os ruídos acima descritos. Eles são teimosos como um rosto amado. O próprio esforço para esquecê-los torna-os ainda mais vivos e presentes. Não nos livramos deles tão facilmente. Trata-se, então, de trazê-los para dentro da oração, ou em linguagem popular, de “encarar o touro pelos chifres, de dar nome aos bois”. Ou seja, ao invés de ignorá-los, o desafio é verbalizá-los com toda a coragem e sinceridade. Conforme nos indica a psicologia, o ato de verbalizar as sombras do passado faz com que elas vão se desvanecendo. Verbalizar os ruídos é uma maneira de ir controlando seu poder, de impedir que eles nos dominem, de não deixar que nos afoguem e asfixiem.
Numa palavra, o segredo está em rezar os próprios ruídos. Rezando-os, começamos a transformá-los em música. Aqui deparamo-nos com uma espécie de alquimia da oração: reconhecer e verbalizar os ruídos que ameaçam nos dominar é a única forma de transfigurá-los em nova sinfonia. Na base dessa transfiguração está o fato de que o coração humano anseia profundamente refazer a sintonia com a grande orquestra que é o universo. Fazem parte dela o canto dos pássaros, o som da chuva e das águas, o brilho das flores e das estrelas, o sorriso das crianças, o olhar dos enamorados... Se os ruídos humanos rompem essa sintonia, seu reconhecimento traz a possibilidade de reconciliação. No fundo, trata-se de encarar nossos sentimentos, fragilidades e fraquezas com os olhos de Deus. Se nossa atitude for de arrependimento de sincera busca, seu amor, misericórdia e compaixão nos convidarão novamente a fazer parte da gigantesca orquestra da criação.
3. Convertidos os ruídos em melodia, entramos no labirinto do silêncio divino. Deus é Aquele que não fala, insiste Bruno Forte em seus escritos. Jesus, revelando seu rosto ausente, é quem traduz o silêncio do Pai em palavras para a compreensão humana. Mas nem por isso o mistério se desfaz. O revelado novamente silencia e se oculta. Presença ausente, ausência presente! Nenhuma oração ouve diretamente a voz de Deus, apenas seu silêncio misterioso e impenetrável. Podemos ter alguns vestígios de sua voz através da palavra de Deus, nas Sagradas Escrituras, mas seus desígnios não cabem em palavras humanas. A razão não tem condições de alcançar a profundidade incomensurável do Eterno Silencioso.
Aqui, se Jesus é a revelação do Pai, o rosto humano de Deus, o Espírito Santo é quem nos reconduz até Ele. Conclui-se que, nesta terceira etapa do labirinto da oração, o segredo é deixar-se conduzir pelo Espírito. É Ele que reza em nós, que conhece nossos pedidos antes mesmos de serem formulados, lembra a teologia e a espiritualidade do apóstolo Paulo. Conhece nosso coração e nossa alma antes que as palavras cheguem à nossa boca. Abrir-se à presença do Espírito é deixar-se conduzir ao mais íntimo de nosso ser. Ali, para além de nossos desejos e temores superficiais, reside o desejo único e insaciável de todo o ser humano: habitar na Casa de Deus. Ou, nas palavras de santo Agostinho, o coração humano caminhará irrequieto enquanto não repousar junto de Deus, de onde se originou.
Mas, seguindo ainda a linha de pensamento de Bruno Forte, o silêncio de Deus é também a condição da liberdade humana. Deus se oculta e se retrai para que possamos ser livres, decidir nossos destinos. Ele não interfere nas decisões que tomamos, mesmo que estas nos levem a negar sua oferta de amor e salvação. Em síntese, o silêncio pessoal, espelhando-se no silêncio de Deus, encontra luzes para vencer as trevas, para orientar-se no labirinto escuro da oração e traçar novas veredas que levem a refazer a história individual e coletiva.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

LEIGOS CONSAGRADOS, NO MUNDO COM O CORAÇÃO DE CRISTO



Os Institutos Seculares nascem na Igreja, oficialmente com a promulgação da Constituição Apostólica PROVIDA MATER ECCLESIA, no dia 02 de fevereiro de 1947, do Papa Pio XII. Pio XII, reconhece nos Institutos Seculares um apelo do Espírito Santo para um novo estilo de consagração, estilo este que não tira do mundo os seus membros, mas os faz permanecerem no mundo para evangelizar o próprio mundo.
Formados por homens e mulheres, os Institutos Seculares querem ser sinais do Amor de Deus para a humanidade. Seus membros, imersos no mundo , trabalhando, contribuindo com uma sociedade justa e solidária, dão ênfase ao apelo de Jesus no Evangelho de João (Conf. 17, 15-18): Eu não peço que os tireis do mundo, mas “ que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo.” Neste convite vocacional do próprio Jesus, os leigos e leigas consagrados/as, sentem o forte desejo de evangelizar o mundo a partir de dentro (Conf. Cânon 710), ou seja, sem precisar fazer diferença entre os fieis.
Em 1970, o Papa Paulo VI falando aos leigos consagrados, expressou sua frase final, convidando os consagrados a estarem no mundo, mas não sendo do mundo, porém amando o mundo:” Pertenceis à Igreja a título especial , o vosso título de seculares consagrados.”
Para que a vocação do leigo consagrado se concretize, o mesmo professa os votos de pobreza, castidade e obediência. A profissão dos votos faz do consagrado um ser comprometido com a causa do evangelho. Esta consagração o impulsiona a ser sal e luz no mundo, ser o fermento na massa. Discreto, mas que tem sua importância.
A vida do leigo consagrado é revestida de uma prudente reserva. Não vivem em comunidades, não usam hábitos ou outro símbolo que represente a vida religiosa. Alguns vivem sozinhos ou com suas famílias, pois para o leigo consagrado, a voz, o habito, a aparência externa é expressa no seu modo de ser diferente no mundo. É a vida que transforma vidas.
Em nossa Inspetoria, com grande alegria e entusiasmo, possuímos o Instituto Secular dos Voluntários com Dom Bosco e as Voluntárias de Dom Bosco. Ambos, formados por homens e mulheres, comprometidos com o Evangelho e com o carisma de Dom Bosco: ser presença e testemunha do Amor de Deus aos jovens. Também, como carisma próprio dos leigos consagrados, os leigos salesianos assumem a vocação de serem sal e luz no mundo, fazendo a diferença nos diversos setores profissionais e pastorais.
Neste mês, no qual a Igreja reza pelas vocações, vamos lembrar destes nossos irmãos e irmãs, que estão por aí, espalhados nos diversos setores profissionais e apostólicos,dando testemunho do amor bondoso de Jesus Cristo






quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VOCAÇÃO DO LEIGO


Leigos, na cidade dos homens, construtores da cidade de Deus


No mês das vocações, destacamos a vocação dos cristãos leigos e leigas. São todos os membros da Igreja que vivem sua fé e sua consagração batismal nas condições ordinárias da vida: na família, nas profissões, no mundo da cultura ou exercendo responsabilidades sociais. É esse imenso povo de Deus presente em todo o tecido social, permeando-o com o sal e fermento do Evangelho e irradiando sobre as realidades deste mundo a luz de Cristo, que ilumina sua própria vida.
Com frequência, somos levados a considerar como “cristãos leigos” apenas aqueles que realizam atividades pastorais no ambiente eclesial propriamente dito. Certamente, a sua participação na vida da Igreja, naquilo que lhe compete, é de suma importância e a Igreja agradece a sua colaboração generosa nas diversas responsabilidades das comunidades eclesiais, como a catequese, a animação litúrgica ou as muitas formas de ação pastoral e administrativa. No entanto, nem todos os fiéis leigos poderiam estar empenhados em alguma pastoral.
De fato, porém, a vocação primordial dos fiéis leigos é testemunhar a novidade do Reino de Deus no “mundo secular” (cf LG 31), lá onde a Igreja não está presente de forma institucional. Trata-se de um vastíssimo e desafiador campo para a ação missionária da Igreja, a ser atingido sobretudo através dos leigos. A vida na comunidade eclesial, as celebrações litúrgicas e as organizações eclesiais são momentos e espaços necessários para o cultivo e a alimentação da fé, para o suporte e o preparo para a ação no mundo; toda a vida do cristão leva à Eucaristia e, dela, tira sua força toda a fecundidade para a vivência apostólica diária. O mesmo poderia ser dito da Palavra de Deus: dela parte todo impulso para a missão e, ao mesmo tempo, toda ação cristã no mundo requer constante retorno à Palavra de Deus para iluminar, discernir, encorajar e sustentar a vivência da fé. Mas a vida cristã não se restringe a esses momentos e espaços.
Na solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao céu, celebrada dia 15 de agosto, apareceu mais de uma vez a menção do simbolismo bonito da “arca de Deus”, introduzida na cidade santa (1Cr 15; Sl 131/132). A arca continha as tábuas da Lei de Deus e lembrava sempre a Aliança de Deus com seu povo no sopé do Sinai: “se guardardes as minhas palavras, minhas leis e mandamentos (...), eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”. Depois de edificar a cidadela de Sião (Jerusalém), Davi introduziu nela a arca para simbolizar a permanente presença salvadora de Deus com seu povo (cf 1Cr 15). E a observância da suprema Lei era sinal de fidelidade do povo ao seu compromisso para com Deus: “Faremos tudo o que o Senhor nos ordenar”. Ao mesmo tempo, esta fidelidade a Deus ordenava o convívio social e assegurava a paz.
A imagem da arca é aplicada a Maria, que nos trouxe o Salvador e supremo revelador da vontade de Deus. Bonito é o Evangelho da visita de Maria à sua prima Isabel (cf Lc 1,39-56); ela é a arca da Aliança introduzida na casa de Zacarias e Isabel; a casa fica cheia de Deus! Elevada ao céu, Maria é a arca de Deus introduzida solenemente na “cidade santa”, a Jerusalém celeste e definitiva, anúncio e sinal da plenitude da redenção, quando também a morte será vencida (cf Ap 11,19; 12,10).
A imagem da arca também se aplica à Igreja que, à imagem de Maria, e tem a missão de ser o sinal da perene presença e ação salvadora de Deus no meio dos homens. A comunidade cristã, Igreja viva, e cada um de seus membros, deve irradiar o reino de Deus no mundo; pela ação missionária da Igreja, a cidade dos homens, edifica-se em cidade de Deus, até que chegue o grande “dia do Senhor”. Esta missão cabe, de maneira especial, aos cristãos leigos e leigas, que estão em contato direto com as “realidades terrestres” e atuam no “mundo secular”.
O Concílio indica que é lá que os leigos são chamados por Deus “para que, exercendo seu próprio ofício guiados pelo espírito evangélico, como o fermento na massa, de dentro contribuam para santificar o mundo. E assim manifestem Cristo aos outros, especialmente pelo testemunho de sua vida resplandecente de fé, esperança e caridade” (LG 31). Vocação bonita e missão grandiosa, para cuja realização podem contar com a fidelidade de Cristo Salvador, que os envia: “eu estarei sempre convosco, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).


Cardeal Odilo Pedro Scherer

ADQUIRIR UM CORAÇÃO SÁBIO


Caros irmãos e irmãs,

Nestes dias celebram-se as festas de alguns santos. Ontem recordamos Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. Tendo vivido no século XVI, converteu-se lendo a vida de Jesus e dos santos, durante uma longa convalescença causada por um ferimento sofrido em combate. Ficou tão impressionado com aquelas páginas que decidiu seguir o Senhor. Hoje recordamos Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redentoristas, que viveu no século XVIII e foi proclamado patrono dos confessores pelo Venerável Pio XII. Ele percebeu que Deus quer todos santos, cada um segundo seu próprio estado. Nesta semana, a liturgia propõe também Santo Eusébio, primeiro bispo de Piemonte, ávido defensor da divindade de Cristo, e, finalmente, a figura de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, que guiou com seu exemplo o Ano Sacerdotal recém-concluído, a cuja intercessão novamente confio todos os Pastores da Igreja. Foi compromisso comum desses santos salvar as almas e servir a Igreja com seus respectivos carismas, contribuindo para renová-la e enriquecê-la. Esses homens adquiriram um “coração sábio” (Sl 89, 12), acumulando o que não se corrompe e descartando o que muda ao longo do tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efêmeros. Escolhendo Deus possuíram tudo o que foi necessário, saboreando desde a vida terrena a eternidade (Ec 1-5).
No Evangelho deste domingo, o ensinamento de Jesus refere-se à verdadeira sabedoria e é introduzido pela pergunta de um dentre a multidão: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo” (Lc 12, 13). Jesus, respondendo, adverte os ouvintes quanto aos desejos de bens terrenos, com a parábola do rico insensato, que, tendo acumulado uma grande colheita e bens, deixaria de trabalhar e consumiria seus bens divertindo-se e iludindo-se de poder postergar a morte. “Mas Deus lhe diz: ‘Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará o que acumulaste?’” Na Bíblia, o homem insensato é aquele que não se dá conta, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas tudo passa: tanto a juventude, como a força física, as comodidades como as funções de poder. Fazer depender a própria vida de realidades assim tão passageiras é, portanto, insensatez. O homem que, pelo contrário, confia no Senhor, não teme as adversidades da vida, nem sequer a inelutável realidade da morte: é o homem que conseguiu um “coração sábio”, como os santos.
Ao dirigir nossa oração a Maria Santíssima, desejo recordar outros fatos significativos: amanhã será possível receber a indulgência da Porciúncula ou o "Perdão de Assis", que São Francisco de Assis obteve, em 1216, do Papa Honório III: na quinta-feira 5 de agosto, comemorando a Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, honraremos a Mãe de Deus aclamada com este título no Concílio de Éfeso de 431, e na próxima sexta-feira, aniversário de morte do Papa Paulo VI, celebremos a Festa da Transfiguração do Senhor. A data de 6 de agosto, considerada o cume da luz estival, foi escolhida para significar o esplendor da Luz de Cristo que ilumina o mundo inteiro.

Bento XVI 
1º domingo de agosto do ano de 2010 em Castel Gandolfo

domingo, 15 de agosto de 2010

VIDA CONSAGRADA


No 3º Domingo do mês de agosto, a Igreja no Brasil lembra e celebra pelos consagrados e consagradas. Homens e mulheres, apaixonados pelo Deus da vida no ponto de se entregar totalmente e Ele por amor. Com isto, vamos enteder o que seria ser consagrado. Qual o sentido que esta vocação, este estilo de vida tem para com o mundo.

VIDAS CONSAGRADAS

No dia 15 de agosto, a Igreja Católica celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora. É a festa através da qual a Igreja professa que Maria, a mãe de Jesus, foi elevada “em corpo e alma à glória celeste”. Esta distinção se deve ao fato de Maria haver gasto sua vida terrena em favor de Jesus, merecendo, por isso, também participar da glória da sua Ressurreição.
Nos passos de Maria, desde o princípio da Igreja, há homens e mulheres que “gastam” sua vida no seguimento a Jesus. Fazem isso com o propósito de colaborar intensamente na missão evangelizadora do filho de Maria. São aquelas pessoas que consagram sua vida a Deus através dos votos da pobreza, castidade e obediência. Aquelas pessoas que, a exemplo de Maria, se esquecem de si para servir a Jesus Cristo, e que são conhecidas entre nós, como “irmãos” e “irmãs”. Oficialmente são aquelas pessoas que seguem a “vocação religiosa”.
A região da Diocese de Santa Cruz do Sul deve muito ao trabalho dos religiosos e das religiosas. Durante muito tempo foram eles e elas que administraram os principais hospitais e dirigiram as principais escolas. O Hospital Santa Cruz e o Colégio Sagrado Coração de Jesus eram das irmãs até o final da década de 1990. O Colégio São Luís e a Casa da Criança continuam sendo administrados por irmãos e irmãs. Poucas são as pessoas da região que nunca receberam um apoio de uma irmã ou de um irmão, que nunca tiveram um familiar hospitalizado num “hospital de irmãs” ou um familiar que tenha estudado num colégio de irmãos ou irmãs.
Nos últimos tempos, na medida em que a educação e a saúde estão sendo assumidas por outros grupos, a atuação da vida religiosa vem sendo redimensionada. Sempre mais encontramos os religiosos e as religiosas atuando nas periferias das cidades, onde animam comunidades e promovem ações de solidariedade. Encontramos os irmãos e as irmãs ensinando as mães a cuidarem dos seus filhos, proporcionando-lhes alimentação saudável. Encontramos as irmãs e os irmãos nos mosteiros, onde dedicam generoso tempo à oração e acolhem pessoas para o diálogo, aconselhamento e meditação. Encontramos irmãos e irmãs envolvidos em projetos alternativos que ajudam no sustento da população mais pobre.
Mais do que ações, a vida religiosa se caracteriza pelo “testemunho da absoluta primazia de Deus e de seu Reino”. Ela “se converte em testemunha do Deus da vida em uma realidade que relativiza seu valor (obediência), é testemunha de liberdade frente ao mercado e às riquezas que valorizam as pessoas pelo ter (pobreza), e é testemunha de uma entrega no amor radical e livre a Deus e à humanidade frente à erotização e banalização das relações (castidade)”, (Conferência de Aparecida, n° 219).
Que a Virgem assunta ao céu continue a motivar crianças e jovens a consagrarem suas vidas a Deus através da Vida Religiosa.

Dom Canísio Klaus

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

SEMANA DO ESTUDANTE 2010



Juventude Querida!
 
Das montanhas sinuosas de um belo horizonte, os ventos trazem à “Boa nova”: a Semana do/a Estudante 2010! Infelizmente esse ano o material não conseguiu ser impresso a tempo de distribuição, por tanto ele está disponível apenas virtualmente. A Semana do/a Estudante (SdE) é um exercício ousado de cidadania. Propõe-se a trabalhar a partir do Protagonismo Estudantil, para que o jovem assuma o compromisso de construir a educação e a sociedade que tanto quer e sonha, a partir do seu chão, que é a escola. O objetivo dela é ser sinal de esperança entre os jovens. Ser anúncio de vida e sobre tudo profetizar, denunciando as injustiças e apontando os caminhos de construção do “Outro Mundo Possível” que tanto desejamos.
Em 2010, nossas atividades acontecerão de 09 a 15 de Agosto, com os seguintes tema, lema e eixos:

TEMA: “Cultura: nossa terra, nossa história e nossos sonhos”
LEMA: “Juventude, muitas caras, muitas cores, em marcha contra a violência!”.
EIXOS: Sentido de Pertença, Valorização e Manifestação
Nossa proposta esse ano, é ocupar os palcos da arte cênica. A escolha dessa linguagem, é que ao nos depararmos com a proposta de tema e lema, e a riqueza que eles representam, achamos que o material necessitaria de uma metáfora que correspondesse o seu valor, para conduzir cada um dos encontros e a celebração deste subsídio. Todos somos frutos de uma dimensão cultural, grande impulsionadora das manifestações artísticas tradicionais e contemporâneas. Entre as diversas expressões artísticas, o teatro ganha grande destaque na perpetuação do nosso jeito ser, de nossa cultura. Juventude espalhada pelo Brasil, essa semana só é possível quando cada um de nós ajuda a construí-la. Contamos com vocês para construirmos uma linda história, que tome conta de todos os palcos desse país!
Cherinhos,

Monique Cavalcante Benevent Secretária Nacional da Pastoral da Juventude Estudantil pela Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil



terça-feira, 10 de agosto de 2010

NOTÍCIAS DE FAMÍLIA



O Diretório Nacional Brasileiro da ADS tem nova presidente

(ANS - Silvânia) – No fim de semana, 30 de julho-1º de agosto, no colégio “Anchieta”, de Silvânia (GO), realizou-se a VII Assembleia Geral Nacional e o II Conselho Institucional Regional do Brasil, da Associação das Damas Salesianas (ADS).
A missão própria da ADS é “evangelizar através da gestão de programas e projetos no âmbito da educação, da saúde, da formação humano-cristã, criando alianças que permitam melhorar as comunidades e dar dignidade às pessoas de modo integral, a fim de favorecer uma nova civilização e converter os jovens em agentes multiplicadores, dotados de responsabilidade social”.
Durante a assembleia, foram desenvolvidas várias atividades. Entre outras, o estudo do Diretório Internacional e suas práticas a partir dos centros existentes no País; a revisão do Manual de Procedimentos; planejamento de propostas para o novo triênio; bem como a eleição do Diretório Nacional, que coordena a ADS no Brasil.
Lucilaine Queiroz dos Reis, de Silvânia, assumiu a presidência do Diretório, sucedendo a Raimunda Cruz, de São João del-Rei (MG), no cargo durante os três últimos anos.
Entre os participantes do encontro estiveram o P. Jurandyr Azevedo Araújo, conselheiro espiritual nacional da ADS, e Hildamar Toro, do Diretório Internacional da Venezuela. A VIII Assembleia está marcada para julho de 2011, em São João del-Rei (Minas Gerais).

 Publicado em 10/08/2010
fonte:
http://www.infoans.org/1.asp?sez=1&sotsez=13&doc=5413&lingua=5

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

VOCAÇÃO FAMILIAR



A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Ela ocupa um lugar central na Igreja, define a igreja para o mundo. O fiel cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo.
Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo pela sua igreja, sacramento de Cristo. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de amor:
Amor conjugal: é na entrega mútua, no relacionamento fecundo e construtivo que esposa e esposo desenvolvem sua potencialidade e se realizam plenamente como pessoa.
Amor paternal e maternal: agradecidos a Deus pela continuidade do seu amor que se encarna no dom dos filhos, os pais retribuem esta dádiva amando, protegendo e educando seus filhos para se integrarem na comunidade e na sociedade.
Amor filial: é como se fosse uma ação de graças, isto é, devolver aos pais a graça da vida que um dia lhe deram. Os filhos desenvolvem um amor aos pais como gratidão por tudo que lhes concederam.
Amor fraternal: é o amor entre os irmãos e a experiência do amor oblativo e caritativo, sair do seu convívio familiar, perceber que há um círculo maior de pessoas e começar a compreender que somos todos irmãos. É aí que se desenvolve a sensibilidade aos problemas do mundo.
Além de constituir família, a grande missão da maioria dos leigos, sabemos que eles têm um importante papel na transformação da sociedade. Vejamos algumas de suas principais características: estar inserido no meio da sociedade como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os difíceis caminhos.
Colocar em prática as possibilidades cristãs escondidas no meio do mundo. Valorizar os sinais do reino presentes de maneira latente no meio da sociedade e - combater as tantas forças do anti-reino, ou seja, forças que promovem a injustiça e a morte.
Ser sinais visíveis de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na economia, na educação, na saúde pública, nos Meios de Comunicação Social, nos órgãos públicos, nos esportes, no serviço liberal e em tantos outros espaços no meio da sociedade. Praticar a sua fé e seu amor a Deus em todos os lugares e em quaisquer necessidades.  Participar com fidelidade e criatividade na construção de um mundo novo.
“No plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a sua ‘identidade’, o que ‘é’, mas também a sua ‘missão’, o que ela pode e deve ‘fazer’. As tarefas, que a família é chamada por Deus a desenvolver na história, brotam do seu próprio ser e representam o seu desenvolvimento dinâmico e existencial. Cada família descobre e encontra em si mesma o apelo inextinguível, que ao mesmo tempo define a sua dignidade e a sua responsabilidade: família, ‘torna-te aquilo que és’!
Voltar ao ‘princípio’ do gesto criativo de Deus é então uma necessidade para a família, se se quiser conhecer e realizar segundo a verdade interior não só do seu ser mas também do seu agir histórico. E porque, segundo o plano de Deus, é constituída qual ‘íntima comunidade de vida e de amor’, a família tem a missão de se tornar cada vez mais aquilo que é, ou seja, comunidade de vida e de amor, numa tensão que, como para cada realidade criada e redimida, encontrará a plenitude no Reino de Deus. E numa perspectiva que atinge as próprias raízes da realidade, deve dizer-se que a essência e os deveres da família são, em última análise, definidos pelo amor. Por isto é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participação real do amor de Deus pela humanidade e do amor de Cristo pela Igreja, sua esposa”.
Cada dever particular da família é a expressão e a atuação concreta de tal missão fundamental. É necessário, portanto, penetrar mais profundamente na riqueza singular da missão da família e sondar os seus conteúdos numerosos e unitários”. Exortação Apostólica: Familiaris Consortio, 17.





sexta-feira, 6 de agosto de 2010

VISITA DO REITOR MOR AO BRASIL


Nos dias 27, 28 e 29 de agosto, o Reitor Mor dos Salesianos: P. Paschual Chaves Villanueva, estará visitando a Inspetoria São João Bosco. O objetivo desta visita é sua gratidão pelos 50 anos de Brasília. Aproveitando a vinda, o reitor terá uma programação para que os salesianos e membros da família salesiana possa celebrar com o mesmo. Confira abaixo.

PROGRAMAÇÃO DO REITOR-MOR NA ISJB

27 de agosto de 2010

Encontro do Reitor-Mor com salesianos *
Local: Centro Dom Bosco – Cachoeira do Campo

12h30min - Almoço
15h15min - Conversa com os salesianos
17h30min - Eucaristia
18h30min - Jantar

* Para esse encontro todos os salesianos são convidados; são convocados: diretores de comunidades, conselheiros inspetoriais e encarregados de obras.
-----------------------------------------------------------------
28 de agosto de 2010

Encontro do Reitor-mor com a Família Salesiana e jovens do Centro I e II
Local: Colégio Salesiano

8h40min - Conversa com membros dos grupos da Família Salesiana
9h30min - Intervalo
9h45min - Conversa com jovens
11h - Eucaristia
12h - Almoço

-----------------------------------------------------------------
29 de agosto de 2010

Local: Brasília-DF

6h - Peregrinação com a Arquidiocese: Santuário Dom Bosco até a Ermida Dom Bosco
10h30min - Eucaristia (Ermida Dom Bosco)
13h - Almoço (CCIP)
16h30min - Encontro Festivo com SDB, jovens e membros de grupos da Família Salesiana
19h30min - Eucaristia (Núcleo Bandeirante)
20h30min - Jantar (Núcleo Bandeirante)

fonte: http://www.salesianos.br/
 




terça-feira, 3 de agosto de 2010

VOCAÇÃO SACERDOTAL


Continuando a reflexão neste mês vocacional. Vamos refletir cada semana uma vocação especificada pela Igreja. Nesta semana, refletimos então sobre a vocação do sacerdote. Acompanhamos então a reflexão do padre Alexandre sobre.

Vocação Sacerdotal, um Chamado de Deus
A missão de cada sacerdote é clara e precisa:

Eu considero que a primeira reflexão deve ser sobre o caráter estritamente sobrenatural do chamado de Deus: foi Ele quem tomou a iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos vocacionados tomarão. Porque não são os vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da intervenção divina (Cf. Jo 15,16).
A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.
A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?
Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.
Que honra! Que doce o peso que Ele coloca sobre ombros de cada sacerdote: é o peso imponderável da Redenção, na qual se contém a felicidade pessoal e eterna de cada homem.

Chamado que respeita a Liberdade

Deus respeita em sua integridade o homem e quando chama uma alma a seu serviço, em seu solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, com a paciência e amor que em sua revelação podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias normais que trazem consigo esses processos e situações, e que em seus altos e baixos mal controlados poderiam inclusive determinar a decisão fundamental da alma e comprometer seu desígnio.
Há muitos jovens que Deus nosso Senhor preparou amorosamente desde toda a eternidade para que sejam sacerdotes; há muitos jovens que Deus chamou para serem sacerdotes; mas nem todos correspondem ao chamado de Deus, porque o chamado de Deus não implica o esmagamento da liberdade da pessoa humana; Deus sempre deixa a liberdade de seguí-lo ou não segui-lo. Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, absolutamente livre; cada um deles pode responder a Deus: sim ou não.


Chamado que exige uma resposta pessoal

Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'.


Chamado que implica Santidade

A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a santidade urgente! Temos por vocação que nos esforçar para adquirir a consciência de que hoje e amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser santos. Alter Christus (Outro Cristo): glorificador do Pai e salvador de almas.

Pe. Alexandre Paciolli, LC



domingo, 1 de agosto de 2010

BEM-AVENTURADO AUGUSTO CZARTORYSKI - 02 DE AGOSTO


Augusto Czartoryski nasceu em Paris no dia 2 de agosto de 1858, do príncipe polonês Ladislao e da princesa Maria Amparo, filha da rainha da Espanha. Há trinta anos a sua nobre estirpe, ligada aos interesses dinásticos da Polônia, tinha emigrado para a França.
A partir do exílio, o príncipe Ladislao procurava restaurar a unidade da pátria desmembrada em 1795. Aos seis anos Augusto perdeu a mãe. Tomou seu lugar Margarina de Orléans, filha do conde de Paris, pretendente ao trono da França.
Desde pequeno, Augusto mostrou-se um garoto bom e reflexivo. Embora ligadíssimo à sua amada Polônia, jamais foi atraído pela vida da corte. A ação da graça em sua alma levou-o ao desapego dos bens terrenos e a uma séria vida espiritual.
Entre os 10 e 17 anos, estudou em Paris e Cracóvia, mas a sua frágil saúde obrigou-o a interromper os estudos e a transferir-se freqüentemente para o sul da Europa em busca de um clima melhor. Naqueles anos, a Providência colocou ao seu lado o preceptor José Kalinowski, que o guiou com prudência não só nos estudos, mas sobretudo na vida espiritual. Kalinowski fez-se depois carmelita. Hoje a Igreja o venera como santo. O preceptor descreve o seu aluno como um jovem de humor estável, de grande bondade de espírito, de perfeita cortesia, sincero, inteligente e muito religioso, mas na simplicidade de coração.
Em maio de 1883, Dom Bosco está na França. É convidado para o Palácio Lambert da princesa Margarida de Orléans. Augusto ajuda sua missa, e o santo lhe diz: "Há muito tempo desejo conhecê-lo!". O príncipe ficou fulgurado pelo encontro. Irá depois muitas vezes a Turim para se encontrar com Dom Bosco. Pede-lhe com insistência para entrar entre os Salesianos, mas o Fundador não está convencido.
Augusto fala com o Papa Leão XIII, que convida Dom Bosco a aceitar o príncipe. Em julho de 1887, depois de renunciar aos bens e à possibilidade do trono, contra o parecer da família, entra no noviciado. Tem 29 anos. Esforça-se por adequar-se aos horários e ao estilo de vida, torna-se o mais humilde dos noviços. Dom Bosco, quase à morte, abençoa o seu hábito talar. Inicia os estudos de filosofia. Logo depois fica doente, com tuberculose.
Na casa de Valsalice, em Turim, encontra o venerável André Beltrami. Os dois desenvolvem uma amizade espiritual muito profunda, enquanto André cuida de Augusto em sua doença. Entretanto, o P. Rua o faz estudar teologia e o admite às Ordens sacras.
Quando é ordenado sacerdote em San Remo, no dia 2 de abril de 1892, sua família está voluntariamente ausente: tentara de todos os modos fazê-lo sair da Congregação. Augusto encarnou plenamente a espiritualidade salesiana, de modo particular o aspecto do sacrifício e da oferta da própria vida e do próprio sofrimento pelo bem dos jovens e da Congregação; também Dom Bosco sofreu muito, embora não o deixasse perceber.
O P. Augusto morreu em Alassio no dia 8 de abril de 1893, sábado da oitava da Páscoa: "Que bela Páscoa!", tinha dito. Completara 35 anos. João Paulo II, o papa polonês, teve a alegria de beatificá-lo em 25 de abril de 2004. Seus restos mortais são venerados em Przemysl (Polônia).


fonte:http://sdb.org/index.php?ids=12&sott=18&detsot=15&ty=2

 

DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A SERVIÇO DAS VOCAÇÕES


O mês de agosto é dedicado às vocações. A Igreja do Brasil convida todos os anos um mês especial para intensificar a oração e as ações em prol das vocações. O mês de agosto foi instituído na Igreja, como mês vocacional, na Assembléia Geral dos Bispos, no ano de 1981, com objetivos bem definidos:
- Criar consciência vocacional em toda a Igreja, mostrando que todas as pessoas são chamadas pela Trindade a serem “discípulos missionários”.
- Enfatizar "que todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações" (Pastores Dabo Vobis 41, 2).
- Privilegiar um tempo na Igreja para uma evangelização mais direta sobre o mistério da vocação na Igreja.
- Responder ao mandato de Jesus: "A colheita e grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da messe que envie mais trabalhadores para a colheita" (Mt 9, 37-38).
Assim o mês vocacional deve ser assumido por toda a Igreja, na suas mais diversas instâncias, ou seja, por todas as pessoas, dioceses, paróquias, comunidades, grupos, pastorais, movimentos... Este mês tem uma dinâmica organizativa bem definida, tendo presente cada comemoração, o que facilita a celebração:
1º domingo: Celebramos o Dia do Padre inspirado pela festa de S. João Maria Vianney, patrono dos sacerdotes, no dia 04 de agosto. O ministério sacerdotal está a serviço de todos os demais serviços na vida Igreja. A pessoa do padre tem um valor muito grande para a comunidade uma vez que a ele foi confiada a missão de evangelizar. O sacerdote age em nome de Cristo e é seu representante dentro daquela comunidade. Ao padre compete ser pastor e pai espiritual para todos sob sua responsabilidade. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela torne-se cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho.
2º domingo: Motivado pelo dia dos pais, celebramos a vocação da família na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Na segunda semana se celebra a Semana da Família.
3º domingo: Motivado pela festa da Assunção de Nossa Senhora, no terceiro domingo celebramos a vocação a vida religiosa. Homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo. Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho.
4º domingo: No quarto domingo, celebramos todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes.
5º domingo: Nos anos em que o mês de agosto possui cinco domingos, a Igreja celebra neste dia o ministério do Catequista. Os catequistas são, por vocação e missão, os grandes promovedores da fé na comunidade cristã preparando crianças, jovens e adultos não só para os sacramentos, mas também para darem testemunho de Cristo e do Evangelho no mundo.
Neste ano, além de celebrarmos com fervor o mês de agosto assim como fazemos todos os anos, somos convidados também a acompanhar e a celebrar o III Congresso Vocacional do Brasil que acontecerá em Itaici, São Paulo, nos dias 3 a 7 de setembro de 2010.
Em consonância com os congressos realizados no ano de 1999 e em 2005, este III Congresso propõe celebrar a caminhada do Serviço de Animação Vocacional, aprofundar a teologia das vocações na perspectiva do discipulado e da missão, consolidar a identidade do animador e da animadora vocacional e oferecer pistas de ação. Tem como horizonte o Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, e o Documento de Aparecida do qual resulta o Tema: "Discípulos Missionários a Serviço das Vocações". O Lema escolhido vem do Evangelho de Mateus 28,19: "Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações".
Portanto convidamos todos a celebrar com muito fervor e entusiasmo o mês vocacional, procurando em primeiro lugar viver bem a nossa vocação e também dar testemunho da alegria de ser chamado, a fim de que através do nosso jeito de ser possamos despertar e promover novas vocações. Vejamos também, com criatividade, a forma de acompanhar e celebrar e III Congresso Vocacional do Brasil.

Pe. Alexandre Biolchi, cs